quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ausência


Agora resta...
um desejo a vagar de alguém que não foi;
O perfume que o vento espalhou 
da flor que não desabrochou;
O vulto do olhar que se perdeu
sem o brilho do encontro;
O som da voz que agora cala
já que não há mais a escuta;
No espelho o reflexo abstrato do inexato;
E na ausência da certeza 
a espera de um depois.

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